quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nossa Historia - A Escola criada pela comunidade!

A Escola Mirantes de Periperi foi fundada no ano de 1993, no entanto, seu Decreto de criação é de n°. 11501, de 12/12/99, DOM de 13/12/96.
Sua criação fez-se necessária quando a comunidade das áreas situadas nos arredores do conjunto no qual a U.E. está situada, sentiu dificuldades para matricular seus filhos na Rede Pública de Ensino. Nas Unidades escolares mais próximas às suas residências, as vagas eram limitadas, as oferecidas situavam-se nos bairros vizinhos e assim precisariam pagar transporte.
Diante de tantas dificuldades para colocarem seus filhos na escola, a Srª Enerstina dos Santos, mãe de Renato dos Santos, na época com 7 anos, que estava  saindo da rede particular de ensino em virtude da mãe estar desempregada e não ter pai, precisava estudar na Rede Pública. Tina, como era conhecida a mãe do garoto Renato,  vendo um prédio abandonado no referido conjunto, que antes funcionava como creche porém estava desativado há aproximadamente quatro anos passados a servir como local de encontro de desocupados, teve a idéia de transformar o local numa ESCOLA para resolver o problema do seu filho e dos demais.Entrou em contato então com o presidente da Associação de moradores do bairro de Paripe que levou á APLB para pedir ajuda a professora Marinalva, diretora da entidade que de imediato apresentou interesse pelo assunto, fazendo por sua vez contato com a Secretária Municipal de Educação, na época a vice-prefeita Bete Wagner, e expôs o que estava ocorrendo.
A secretária logo fez contato com o presidente do conjunto a quem pertencia o prédio, o Sr. Caros Magno, e prôpos um convênio denominado " Seção de Salas", onde a SEME, como então era chamada assumiria todas as despesas para funcionamento e manuntenção da ESCOLA.
Tina fez um mutirão junto com a comunidade interessada fazendo uma faxina geral e desmatando toda a área.
Tudo ocorreu em tempo recorde, após a assinatura no final do mês de fevereiro de 93, à parte do covênio estava resolvida, o mobiliário principal chegava e as matrículas já tinham sido efetuadas (foram matriculados aproximadamente 350 alunos e todos os professores já se encontravam-se na escola). A espera agora era pelo início das aulas, pois o prédio não possuía energia elétrica e o pesssoal do grupo de apoio ainda não havia chegado nem o diretor. A secretariia estava em silêncio.
E Tina estava em ação novamente,  acionando o APLB e telefonando várias  vezes por dia para a secretaria. Então, no dia 14 de maio começaram as aulas na "Escola Mirantes de Periperi", como fora batizada pela Secretéria durante visita no convênio, tendo  a professora Cleide Maria Tomaz de Souza como responsável pelo processo de funcionamento da escola e pelo intermédio da SMEC.
Sem nehuma estrutura básica nem material e nem humana como: material didático, de limpeza, de secretária, porteiro, merendeira, zeladora, etc, contamos com o apoio da comunidade, até mesmo de quem ainda não tinha filho na escola. Homens e mulheres revezavam-se como zeladores, merendeiras e porteiros.
Até o mês de outubro, funcionava apenas o diurno pois a energia elétrica estava desligada, a dívida anterior ao contrato não poderia ser paga pela prefeitura. Novamente a comunidade foi mobilizada e a dívida foi paga, passando a funcionar o 3° turno, mas no ano de 93 o ano letivo não foi considerado.Começamos com 16 turmas nos três turnos e hoje 27 turmas e o prédio não sofreu nenhuma ampliação apenas reformas.
Há cada ano nossa Escola vem sendo reconhecida pela comunidade, aumentado a procura por uma vaga, não só pelos moradores das redondezas do conjunto " as invasões ", mas pelos própios moradores do conjunto que passaram a acreditar no trabalho da escola.
O processo crescente é vefiricado através do quantitativo de alunos matriculados.
A Mirantes de Periperi cresceu não somente em quantidade de alunos, mas na qualidade de ensino que nos dá credibilidade junto a comunidade.